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Outubro Rosa: Saúde Digital apoia mulheres na jornada de enfrentamento do câncer de mama

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À esquerda, Julia Cestari Santos, e à direita, Marilia Ximenes de Araujo

Do diagnóstico, passando pelo atendimento, tratamento e indo até o acompanhamento, a tecnologia é cada vez mais crucial para combater essa doença que de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), entre 2023 e 2025, deve ser diagnosticada em mais de 73 mil brasileiras

No cenário atual de avanços tecnológicos rápidos, a transformação digital está redefinindo como interagimos com os serviços de saúde. A telemedicina ganhou destaque nos últimos anos como uma ferramenta essencial para proporcionar assistência médica remota e acessível, é fundamental, no entanto, compreender que a saúde digital vai além das consultas digitais. A interseção entre a tecnologia e o setor de saúde está criando um ecossistema abrangente, moldando não apenas a maneira que os cuidados médicos são prestados, mas também como são gerenciados e percebidos pelos pacientes.

Neste contexto, é fundamental explorar as múltiplas dimensões da saúde digital para compreender plenamente seu potencial transformador e o impacto significativo no futuro dos cuidados de saúde. Isso inclui, por exemplo, sua inserção como parte fundamental em campanhas importantes no calendário da saúde, como o Outubro Rosa.

A saúde digital desempenha um papel crucial ao fornecer um suporte abrangente para prevenção, diagnóstico e tratamento eficaz. Por meio de aplicativos móveis, plataformas on-line e dispositivos conectados, as mulheres podem acessar informações essenciais sobre detecção precoce, fatores de risco e práticas de autocuidado relacionadas ao câncer de mama. Além disso, a saúde digital facilita o acesso a serviços de telemedicina especializados, permitindo consultas remotas, monitoramento contínuo e aconselhamento personalizado para pacientes, ampliando o alcance das intervenções médicas e promovendo uma abordagem mais holística no cuidado dessa condição delicada.

E os avanços são cada vez maiores. Daniel S. Morel, diretor médico da Tuinda Care e oncologista , explica que a inteligência artificial (IA), por exemplo, tem auxiliado médicos no diagnóstico preciso e pode apoiar a escolha de tratamentos mais assertivos. Em estudos, ela tem se mostrado uma aliada valiosa na detecção de nódulos mamários suspeitos, contribuindo para o diagnóstico precoce e, consequentemente, para a melhoria das perspectivas de tratamento e sobrevida das pacientes.

“Na verdade, alguns modelos de inteligência artificial têm se mostrado tão eficazes quanto radiologistas treinados na avaliação de mamografias”, ressalta Morel. O executivo explica ainda que em um trabalho publicado em junho de 2023 no periódico Radiology, da Sociedade Americana de Radiologia, cientistas compararam o uso de algoritmos de IA com modelos usados pelo médico para prever o desenvolvimento do câncer de mama. “O algoritmo de IA previu melhor o risco de câncer do que os modelos clínicos. A conclusão foi a de que combinar a tecnologia e os métodos tradicionais facilitam o diagnóstico precoce”.

Hannah Rosa Beineke, Gestora de Marketing do Grupo PróVida, também ressalta o importante papel do diagnóstico precoce de câncer de mama e a participação da saúde digital nesse contexto. A executiva compartilha uma das ações da empresa que é a realização de exames preventivos em empresas, para isso, é possível realizar os exames com o auxílio de equipamentos portáteis e de Inteligência Artificial. Já há no mercado, tecnologia que realiza diagnósticos baseados em milhares de mamografias, ultrassonografias e biópsias em uma poderosa rede neural que avalia milhares de variáveis e entrega um resultado rápido e seguro às equipes médicas.

Além disso, faz parte do papel da saúde digital, dos provedores de serviços e fornecedores de tecnologia, criar soluções inovadoras que impactam na qualidade de vida das pessoas, melhorando o acesso à saúde, trabalhando desde a prevenção e potencializando o bem-estar.

Gino Ichazo, diretor médico da DOC24 Brasil, explica que nesse cenário de uma sociedade hiperconectada, é preciso acompanhar e potencializar a transformação digital das organizações públicas e privadas. Ele explica como, na prática, o atendimento das mulheres é realizado.

“As consultas são realizadas na modalidade on-line, fase na qual fazemos o atendimento preventivo e o monitoramento da saúde das mulheres. O pedido de exames de mamografia e ultrassonografia podem ser solicitados para detectar o câncer em uma fase precoce, e as pacientes podem ser direcionadas para o atendimento adequado e presencial em caso de urgências médicas. O trabalho preventivo é importante já que apesar de ser considerada uma condição hereditária, apenas 5% a 10% dos casos de câncer de mama são atribuídos a fatores genéticos. É crucial que, mesmo na ausência de histórico familiar, todas as mulheres devem fazer exames de rastreamento a partir dos 40 anos”, finaliza Ichazo.

Além disso, no enfrentamento do câncer de mama, o acompanhamento de psicólogos e o cuidado da saúde mental contam com apoio importante da saúde digital. Diante dos desafios emocionais e psicológicos associados ao diagnóstico e tratamento dessa doença, o suporte psicológico oferece um espaço seguro para expressar preocupações, medos e ansiedades, além de fornecer estratégias eficazes para lidar com o estresse e a incerteza.

Desta forma, o desenvolvimento tecnológico, a inovação e as novas perspectivas decorrentes deste processo, permitiram a criação de ferramentas que viabilizaram o atendimento, diagnóstico e o monitoramento remoto desses pacientes. Esse apoio é essencial para cultivar uma atitude positiva, promover a autoaceitação e fortalecer a saúde mental durante todo o processo de tratamento, incentivando a resiliência e proporcionando um apoio essencial para uma recuperação abrangente e sustentável.

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