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Inovação: tecnologia e informação são ferramentas para conquista da sustentabilidade de serviços

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A Secretaria de Informação e Saúde Digital, coordenada por Ana Estela Haddad, trabalha para levantar ações realizadas no Brasil sobre tecnologia que podem ser aprimoradas e compartilhadas para melhorar a eficácia da Atenção Básica, parte fundamental, para resolução de diversas questões até chegar nos serviços de média e alta complexidade

 

A saúde é a base para o desenvolvimento sustentável de uma nação e a integração dela com o uso das tecnologias da informação e comunicação é uma das premissas do governo federal. Na jornada, encabeçada pela professora e pesquisadora Ana Estela Haddad, representante da recém-criada Secretaria de Informação e Saúde Digital, vinculada ao Ministério da Saúde, já estão em andamento duas ações estratégicas: criação de laboratório de inovação em Saúde Digital e raio-x do Brasil.

 

A primeira iniciativa já foi proposta e aprovada na Comissão de Intergestores Tripartite, uma arena intergovernamental, política e técnica para planejamento, negociação e implementação das políticas de saúde pública. Está em desenvolvimento a criação de uma rede colaborativa para a secretaria conhecer as inovações em andamento e, principalmente, abrir uma agenda voltada para o SUS.

 

O trabalho da nova secretaria também está focado na troca de experiências, uma espécie de inventário de boas práticas, previsto para ocorrer em um seminário dividido em três etapas, que está em fase de organização com São Paulo. O objetivo é entender detalhadamente como cada localidade trabalha a questão da saúde digital. “A telemedicina e telessaúde no SUS vêm de longa data, mas é um processo fragmentado e desigual em termos do grau de transformação digital”, explicou Ana Estela. O trabalho envolverá todos os estados brasileiros.

 

As novidades foram apresentadas pela secretária no início deste mês (dia 10), quando participou do evento ‘Propostas para o Complexo Econômico e Produtivo da Saúde’, que teve como convidada a ministra da Saúde, Nísia Trindade, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), capital paulista.

 

A criação da Secretaria de Informação e Saúde Digital surgiu das necessidades do setor da saúde, conforme apontamentos feitos pelo grupo de transição do governo federal, pela ministra de Saúde e outros quatro ex-ministros.

 

Na linha de investimento no digital para garantir maior acesso aos sistemas de saúde e sabendo dos desafios relacionados à infraestrutura e desigualdades de acesso, a secretária apontou que “agora é a oportunidade para buscar essa igualdade, principalmente porque a partir da pandemia de Covid-19 houve uma imensa aceleração desse espaço digital que facilita as articulações e construções integradas de uma visão mais sistêmica”, comentou.

 

O setor colaborará de forma prática para o avanço na qualidade dos serviços de saúde, a partir desta transformação digital. “É um meio para alcançarmos maior qualidade na atenção à saúde, a democratização desse acesso aos serviços de saúde e a igualdade no futuro, que chegou, mas que não, não se distribuiu ainda para todos”.

 

No organograma da Secretaria de Informação e Saúde Digital os trabalhos estão fatiados em Departamento de Saúde Digital e Inovação; Departamento de Informação e Informática do Sistema Único de Saúde (DataSUS), com o grande desafio da busca da integração e do fortalecimento e avanço da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS); e o Departamento de Monitoramento, Avaliação e Disseminação de Informações Estratégicas em Saúde (Demas).

 

Durante o evento, a ministra Nísia Trindade ressaltou a importância do trabalho da nova secretaria para auxiliar na sustentabilidade do SUS e sobretudo para reduzir as desigualdades, com um olhar especial para as pessoas pobres que não têm acesso à saúde. “Queremos caminhar para uma política nacional de alta e média complexidade, algo essencial para o SUS, juntamente com a política nacional de atenção básica. E isso significa a qualificação da atenção primária, a transição digital como um aspecto central”.

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