CEO da Conexa, Guilherme Weigert, uma das empresas fundadoras da Saúde Digital Brasil, fala sobre as motivações de fazer parte da associação e a importância da união de esforços param consolidar ainda mais a telessaúde no Brasil
O Grupo Conexa, uma das maiores plataformas independentes de telemedicina da América Latina e ecossistema de Saúde Digital, foi uma das empresas fundadoras da Saúde Digital Brasil. Junto a outros importantes players, apostou no propósito de aumentar a representatividade do setor, tratar da pauta de regulamentação, definir as melhores práticas e, desta forma, aumentar a capilaridade da saúde no Brasil por meio da tecnologia.
O CEO da empresa, Guilherme Weigert, conversou com a Saúde Digital Brasil e relembrou as motivações de engajar-se na iniciativa, comentou o cenário atual e futuro, além do papel que a entidade tem conquistado no ecossistema de saúde desde sua fundação.
Acompanhe a entrevista completa.
Saúde Digital Brasil (SDB): Como enxerga o cenário da Saúde Digital no Brasil atualmente?
Guilherme Weigert: Estamos atravessando o melhor momento da saúde digital no Brasil. Vivemos uma grande experiência e uma forte disrupção nos últimos anos. Desde o início da pandemia, várias iniciativas digitais passaram por uma aceleração, isso inclui desde a captura dos dados digitais, até a teleconsulta e uma série de novas ferramentas para apoiar a decisão do médico. Nesse momento, podemos afirmar que estamos muito preparados e o terreno está muito fértil para que novas soluções surjam e empresas comecem a utilizar cada vez mais as soluções de saúde digital.
SDB: Na sua opinião, como a SDB tem contribuído para a sustentabilidade e evolução do setor?
GW: Um grupo de empresas – e a Conexa é um delas -, fundou a SDB justamente para conseguir criar conteúdos, gerar informações e tentar entender como poderíamos contribuir para que a saúde digital no Brasil fosse construída da melhor forma possível, com padrões de qualidade, cuidado e melhores práticas. O objetivo sempre foi torná-la cada vez mais acessível dentro do nosso país, que enfrenta grandes dificuldades de acesso e uma necessidade urgente de soluções de saúde.
SDB: O que motivou a Conexa a engajar-se nessa iniciativa?
GW: No momento em que começamos a pensar na fundação da SDB, nosso envolvimento foi muito pela necessidade de haver uma entidade que tivesse mais de um representante e um campo amplo na atuação da telemedicina. Para isso, juntamos as maiores e melhores empresas de telemedicina para organizarem-se e participarem dessa iniciativa. Tudo isso aconteceu com o intuito de criar esse ecossistema para falar de saúde digital, pois tínhamos que ponderar como a pauta de regulamentação seria tratada, definir as melhores práticas e ajudar a esclarecer o que estava acontecendo no mercado de saúde e como iríamos a campo para tornar, de fato, a saúde digital no Brasil uma realidade.
SDB: Qual a principal vantagem de fazer parte desse ecossistema de empresas que atuam em toda cadeia da saúde digital?
GW: Estar engajado na SDB é muito importante, pois temos a oportunidade de ouvir desde provedores que são 100% exclusivos de saúde digital, até empresas que atuam também em outros setores, na área de medicina diagnóstica, hospitais e outras empresas inseridas nesse grupo e que fazem parte desse ecossistema. Isso é crucial para entendermos quais são os maiores problemas e como podemos juntar forças para aumentar a capilaridade da saúde no Brasil por meio da tecnologia.
SDB: O que podemos esperar para a telessaúde nos próximos anos?
GW: Estamos em um momento muito importante, dando os primeiros passos para digitalizar a saúde, lidando com a questão da interoperabilidade de dados, e para criar essa infraestrutura. É preciso agora começar a trazer para a saúde ferramentas e tecnologias que já foram desenvolvidas em outros mercados. Assim, de fato, conseguiremos melhorar a experiência dos nossos pacientes, a tomada de decisão do profissional da saúde e garantir acesso à saúde digital amplamente em um país que tem realmente uma grande dificuldade no que diz respeito à saúde.
SDB: Como a SDB estará inserida nesse contexto e pode ajudar a solucionar os desafios?
GW: Basicamente, ela está inserida nesse contexto para entender os desafios, conseguir consolidar as melhores práticas e lutar por pontos importantes para o desenvolvimento da saúde como um todo, como fizemos, por exemplo, com a regulamentação. Esse é um esforço fundamental para alavancar a saúde no Brasil. Vale lembrar a importância de se ter players, que executam na prática a telemedicina, engajados na SDB. Para nós, da Conexa, poder fazer parte disso traz vários aprendizados fantásticos, que nos ajudam a consolidar um ecossistema de saúde digital mais forte, sólido, mais seguro e cada vez mais potente para o nosso país.