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Lições aprendidas no HIMMS 2024

20 de maio de 2024 16:32

Carlos Pedrotti traz highlights sobre o maior evento de saúde digital do mundo 

Com o tema “Criando a saúde de amanhã”, aconteceu em março, em Orlando, nos Estados Unidos, a edição de 2024 da HIMSS – Healthcare Information and Management Systems Society – Conferência e Exposição Global de Saúde. Mais de 30 mil profissionais de toda a cadeia da saúde, representando mais de 70 países, estiveram presentes neste que é o maior encontro de profissionais de tecnologia de saúde do mundo. 

Inteligência artificial, cibersegurança, robótica, interoperabilidade, políticas e outros tópicos globais que estão moldando o setor, foram discutidos. Além disso, pela primeira vez na história do HIMMS, as empresas e representantes do mercado de saúde brasileiro, tiveram um espaço dedicado: o Brazilian Pavilion. 

Nosso presidente Carlos Pedrotti esteve lá. Confira na entrevista suas impressões a respeito das tendências discutidas por lá e sobre o que o mercado pode esperar em termos de inovação e desenvolvimento tecnológico daqui para frente. 

SDB: Qual a importância do HIMMS hoje no mercado de saúde? 

Estamos falando da maior conferência e exposição de saúde digital do mundo, com mais de mil expositores e muitas trilhas educacionais. Lá conseguimos ouvir tudo o que está sendo produzido de ciência e inovação no nosso setor, com um enfoque importante nos aspectos relacionados a informações em saúde; prontuário, dados, comunicação, interoperabilidade, etc. Claro que um evento como esse tem o foco em relacionamento, mas também tem grande importância para contextualizar e ditar tendências. Esse ano, sem dúvidas, experienciamos uma das maiores edições da história.

SDB: Com relação especificamente a telessaúde, o que foi possível aprender? 

Em edições anteriores, o tema e até a disciplina telessaúde eram trabalhados de forma mais isolada. Hoje, percebe-se que ela é mais um meio para se oferecer serviço do que o fim e faz parte de uma série de parâmetros que envolvem tecnologias de comunicação e de gestão em saúde e monitoramento. Além de ter um papel muito forte na gestão da população, de empresas e de conseguir entender quais são as prioridades que precisa dirigir no cuidado da saúde de um paciente, atendendo a experiência dele. Essa visão um pouco mais holística do que é saúde digital, é uma tendência que nos acompanhará daqui para a frente. São muitos serviços diferentes tanto na área hospitalar, na telemedicina padrão, tele especialidades, teleinterconsulta, como na parte multiprofissional. É um mundo muito grande, abrem-se portas para serem assistidas uma população mais ampla, na qual a distância deixa de ser um obstáculo. 

SDB: Quais foram os principais destaques durante o evento?

Segurança e IA incorporadas foram pontos importantes, que deixaram de ser tópicos para o futuro, especialmente a segurança, e tornaram-se necessidades atuais. A análise de dados em saúde para obter  insights sobre gargalos de processos, potenciais melhorias, saber o perfil de consumo desses pacientes, e tudo o que envolve inteligência de dados, apesar de já serem realidade, ainda não é trabalhada por uma parcela grande das instituições.

A experiência do paciente é uma trilha importante dentro do HIMMS e falou-se muito sobre prontuário eletrônico, uso responsável da inteligência artificial para resolver questões simples, reduzir as burocracias, aumentar a produtividade  e a eficiência; a transformação digital associada à IA generativa e a interoperabilidade inserida no processo de trabalho, tudo com um foco muito grande em melhorar a experiência, não só do paciente como dos profissionais de saúde. 

Além disso, o conceito de PRM  (Patient Relationship Management), que é basicamente acompanhar a jornada do paciente no sistema de saúde, e de RPM (Remote Patient Monitoring) que permite o monitoramento remoto e que há três ou quatro anos estava no campo dos projetos pilotos, foi mais presente esse ano. Existe uma tendência forte de devices conectados disponíveis no mercado. 

SDB: Existe algo que foi mostrado lá, mas que ainda não é realidade no Brasil?

Algo que está mudando a vida do médico americano é o virtual scribe. Aqui no Brasil não conhecemos isso. Essa solução percebe o contexto e transforma a conversa entre médico e paciente em um texto organizado e sumarizado. Embora os EUA tenha um modelo assistencial muito diferente, percebo que essa tecnologia teria um grande potencial de melhoria da qualidade do atendimento por aqui, pois a escassez de informação hoje no Brasil atrapalha o ecossistema de saúde na totalidade. Esse tipo de tecnologia melhora a eficiência do sistema e permite pular etapas que são muito mecânicas para organizar dados. Aliás, digitalização e organização de dados é a base de qualquer estratégia de transformação digital. 

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