A iniciativa visa preencher uma lacuna importante existente no mercado de capacitação para atuação na saúde digital. O curso destina-se a todos os tipos de profissionais interessados em desempenhar funções no setor, sejam elas clínicas ou de gestão
A educação configura-se como um pilar central para melhorar e expandir a prestação de serviços de telessaúde. Isso inclui a capacitação do profissional de saúde para fazer bom uso da tecnologia, o compartilhamento de conhecimento entre as equipes e o entendimento mais amplo de como funciona esse mercado no país. Diante desse cenário e visando preencher uma lacuna importante na carência de formações específicas em saúde digital, a Saúde Digital Brasil (SDB) está lançando, com o apoio da Galen Academy, o primeiro curso de boas práticas de telemedicina e telessaúde da América Latina.
“Estamos presenciando uma mudança marcante na área da saúde, onde a tecnologia digital não apenas se torna predominante, mas também impulsiona a digitalização dos serviços que anteriormente eram realizados de forma física. Essa transição visa aprimorar as jornadas dos pacientes, tornando-as completamente integradas aos serviços de saúde, tanto presenciais quanto digitais. Investir em educação em telessaúde é fundamental para capacitar os profissionais e garantir que estejam preparados para essa transformação. Temos agora uma oportunidade única para moldar o futuro da assistência médica, adaptando-nos a essa evolução e garantindo uma prestação de serviços mais eficiente e integrada.”, destaca Michele Alves, gerente executiva da SDB e co-coordenadora do curso.
Segundo ela, existe uma carência de formação de profissionais, especialmente porque a telessaúde, embora não seja uma modalidade nova, ganhou relevância e avanços consideráveis durante a pandemia. Além disso, tem sido objeto de regulação e políticas públicas, evidenciando a necessidade urgente de capacitação neste campo em constante evolução.
“A capacitação é um fator determinante, tornando-se um diferencial competitivo tanto para os profissionais que dominam essas boas práticas quanto para as instituições de saúde, sejam elas públicas ou privadas. A presença de uma equipe altamente qualificada e familiarizada com todas as especificidades e avanços do setor não só garante um atendimento de excelência, mas também fortalece a posição das organizações no mercado, impulsionando a inovação e a eficácia na entrega de serviços de saúde”, complementa Michele.
Sobre o curso de boas práticas em telessaúde e telemedicina
No formato de Educação a Distância (EaD), o curso de boas práticas em telessaúde e telemedicina tem como foco não somente os profissionais de saúde que lidam com a tecnologia para realizar atendimentos em suas especialidades, mas também gestores de clínicas, hospitais, laboratórios, entre outros, assim como representantes de outras áreas que desejam entender esse promissor mercado.
O setor movimenta hoje mais de 172 bilhões de dólares no mundo. Para 2028, a estimativa é que o total chegue a US$ 290 bilhões. Os dados são da Mordor Intelligence, empresa especializada em pesquisas de mercado. O Brasil não é exceção nesse cenário e deve acompanhar as tendências mundiais. Em 2022, por exemplo, 33% dos médicos atenderam pacientes por teleconsulta, conforme o Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic).
Diante desse cenário, a grade curricular do curso abrange diretrizes cruciais para o exercício da telessaúde e telemedicina, de forma segura e amparada por melhores práticas. O objetivo é ajudar a garantir que a jornada seja bem-sucedida do começo ao fim, viabilizando não só um atendimento de qualidade como um melhor desfecho clínico.
História da digitalização da saúde; Telessaúde e Telemedicina: Conceitos e Modalidades; Os principais tipos de atendimento por telessaúde; Integração do atendimento presencial e remoto (continuidade do cuidado com telemonitoramento); Dispositivos de Propedêutica avançada; Emissão de documentos médicos e prescrição por Telemedicina; Controle de qualidade dos processos de Teleatendimento; Urgência e Emergência na telemedicina; Populações especiais; Cadastramento e elegibilidade; O desafio de associar a tecnologia com humanização; Segurança da Informação e Proteção de Dados Pessoais: Aspectos práticos aplicados à Saúde Digital; Legislação e especificidades na área de saúde; princípios e boas práticas sobre prescrição eletrônica; O que a experiência internacional nos diz e para onde queremos avançar? Os desafios no avanço da Interoperabilidade; e Regulação da Telemedicina no Brasil estão entre os temas a serem abordados.
A Associação Brasileira de Empresas de Telemedicina e Saúde Digital – Saúde Digital Brasil é uma organização sem fins lucrativos, fundada em 2020, para congregar entidades que atuam na cadeia de prestação de serviços de telessaúde ou que desenvolvem atividades relacionadas à saúde digital.
Em breve mais informações e detalhes sobre como se inscrever.