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SDB participa de evento sobre telessaúde promovido pelo Ministério da Saúde

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Membros da entidade contribuíram para diferentes debates, como formação de profissionais com conhecimento em tecnologia, atenção primária e regulamentação da telessaúde no Brasil

A Saúde Digital Brasil (SDB) esteve entre as convidadas do evento Telessaúde Brasil, promovido pelo Ministério da Saúde, em Brasília, DF, no dia 2 de junho. No encontro, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, assinou a portaria que regulamenta o programa para atendimentos médicos especializados a distância a municípios localizados em áreas remotas, rurais e indígenas do país.

Caio Soares, presidente da SDB, compôs a mesa de debate sobre as novas tecnologias de comunicação na formação de profissionais de saúde. Ele alertou que se as universidades não reformularem seu modelo de ensino para atender a nova geração que nasceu na era digital, haverá um gap no desenvolvimento profissional no Brasil.

Além disso, falou sobre o avanço da tecnologia durante a pandemia. “Na SDB tivemos a oportunidade de acompanhar a transformação que a sociedade passou nos últimos dois anos. Quando em 2015 falávamos de telemedicina, havia uma resistência tanto de pacientes quanto de médicos e outros profissionais da saúde. No entanto, a pandemia colaborou para a aceleração em 20 anos de desenvolvimento cultural da sociedade em termos da telessaúde”, disse.

Em 2020, os associados da SDB fizeram aproximadamente 10 milhões de consultas médicas virtuais. A perspectiva era dobrar esse número em 2021, o que de fato aconteceu, mas já no mês de maio. E agora, em 2022, o número dobrou novamente.

Por fim, Soares fez questão de lembrar que por trás da pandemia há as doenças mentais, que assolam a população global. “São 7 bilhões de pessoas no planeta com estresse pós-trauma que vão se beneficiar muito da telemedicina”, destacou.

Também participaram do debate Ricardo Correia, da Universidade do Porto/Portugal, Carlos Roberto Ribeiro de Carvalho, do Hospital das Clínicas da FMUSP, e Leandro Raizer, vice-pró-reitor de graduação da UFRGS. Eles mostraram como as instituições de ensino estão investindo em conteúdo focado em tecnologia para os alunos do curso de medicina.

Já o vice-presidente da SDB, Carlos Pedrotti, gerente médico do Centro de Telemedicina do Hospital Israelita Albert Einstein, participou do debate sobre a telessaúde na atenção primária: ampliação do acesso à saúde a áreas remotas por meio das novas tecnologias de comunicação.

Ele citou o projeto do Einstein na região Norte, realizado em parceria com o Ministério da Saúde, que desde 2020 já implantou Unidades Básicas de Saúde em 140 localidades remotas, computando mais de 30.000 consultas com especialidades. “Esse ciclo virtuoso também capacita o médico que está na ponta, pois ele passa a ter cada vez mais conhecimento,  empoderando a atenção primária”, disse.

Claudio Lottenberg, presidente do Conselho da Sociedade Beneficente Israelita Albert Einstein; José Luiz Gomes do Amaral, presidente da Associação Paulista de Medicina (APM); e Carlos Scherr, diretor geral do Instituto Nacional de Cardiologia/INC, compuseram a mesa de debates.

Regulamentação

Guilherme Weigert, do Conselho Administrativo da SDB, também esteve presente no evento do Ministério da Saúde. Ele contribuiu para o debate sobre a regulamentação da telemedicina e as novas fronteiras dos serviços de saúde, abordando o tema pelo ângulo de quem oferece tecnologia.

Entre os desafios, citou a garantia da melhor transferência de dados com a banda do profissional e do paciente, e a questão da integração e coleta das informações. “Desenvolvemos a capacidade de testar a banda e oferecer streamings mais leves e também importamos soluções de outros mercados para democratizar o acesso à saúde”, comentou.

Também membro do Conselho Administrativo da SDB, Wilson Shcolnik participou da mesa, destacando o crescimento e a importância do telediagnóstico, tanto da telepatologia quanto da telerradiologia, comentando que o 5G vai possibilitar uma expansão ainda maior da telessaúde.

Os deputados federais Pedro Vilela e Zacharias Calil, e Donizetti Dimer Giamberardino Filho, do Conselho Federal de Medicina (CFM) também foram convidados. O assunto girou em torno do Projeto de Lei 1998/20, que autoriza e conceitua a prática da telessaúde em todo o território nacional. A proposta foi aprovada recentemente na Câmara dos Deputados e será enviada ao Senado. De acordo com Vilela, “se o projeto for aprovado, o país terá uma regulamentação sólida, clara e eficiente para permitir que a telessaúde seja utilizada em toda a sua amplitude e potencialidade”.

O vídeo do evento completo pode ser visto neste link.

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