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O Impacto da transformação geracional e digital na saúde: desafios e perspectivas para 2024

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Loraine Burgard, founder & business strategy da h.ai, healthtech líder na categoria de telemedicina ampliada, traz sua visão do setor, a importância de estar junto de uma entidade como a Saúde Digital Brasil e também conta um pouco mais sobre a trajetória da empresa

O mundo vivencia uma grande alteração geracional. A ascensão dos millennials alterou profundamente como os produtos são consumidos, serviços são oferecidos e informações são transmitidas. Esses jovens dominam a tecnologia e buscam maior autonomia e independência, priorizando praticidade e proximidade dos serviços que consomem, inclusive na área da saúde. Soma-se a isso a ampla aceitação da população mais idosa (geração X e baby boomers) na adoção imediata da telemedicina, impulsionada pelo Covid-19.

“Temos vivenciado uma quebra de paradigma indiscutível em relação à natural resistência dos mais velhos ao uso da tecnologia. Se considerarmos o envelhecimento da população, quando gerações X, Y e Z atingirem a terceira idade, teremos uma população idosa com habilidade tecnológica como nunca se viu”, ressalta Loraine Burgard, founder & business strategy da h.ai, healhtech líder na categoria de telemedicina ampliada.

Mas quais os impactos dessa transformação? O que esperar para o restante de 2024? Quais os desafios do setor e como lidar com eles? Qual o papel dos desenvolvedores de tecnologia nessa evolução?

Segundo Loraine, a digitalização da saúde, a portabilidade, a interoperabilidade e a proximidade que os sistemas digitais trazem, além do conceito de telemedicina ampliada, são a resposta mais adequada a essa mudança comportamental que já está em curso e que não tem volta. Mais do que a sustentabilidade do sistema, a digitalização da saúde é talvez uma das formas mais eficientes de se implementar modelos “patient centric” e, portanto, engajar esses “consumidores/pacientes”.

Ainda para 2024, a expectativa é de uma maior abertura e compreensão de todo o setor, do poder público e da sociedade sobre a importância do uso da tecnologia na área da saúde. Modelos digitais de atendimento à saúde ganharão espaço, complementando o que existe e trazendo mais resolutividade, mais cuidado e provando que sistemas digitais de saúde são um investimento fundamental para a própria sustentabilidade do sistema.

No entanto, ainda existem desafios, o principal deles está na aceitação, por parte da própria indústria da saúde, de novos modelos de negócios e atendimento, principalmente por conta das mudanças que eles imprimem no sistema. “Nesse momento pelo qual todo o setor está passando, é absolutamente necessário rever processos, modelos e até formas de atendimentos. É preciso quebrar a resistência em aceitar o novo em uma lógica assistencial, imprimindo mais velocidade e dinamismo nas mudanças, para tornar o setor mais eficiente, efetivo e melhorar os desfechos e a experiência do paciente”, reforça.

Para tanto, na opinião da executiva, é preciso discutir de maneira urgente essa resistência que ainda existe e os impactos que o próprio setor sofre por não se atualizar na velocidade necessária. A união de esforços e o engajamento em entidades como a SDB são cruciais nesse sentido.

“Acreditamos que, juntos com outros parceiros, liderados pela SDB, podemos trazer para a conversa esse tema, isso porque a entidade tem a representatividade e a seriedade que a Saúde precisa para ser representada perante o poder público e toda a sociedade. Por não exercer uma atividade comercial e congregar um número diverso de empresas (inclusive concorrentes), a SDB tem isenção de opinião e visa sempre a melhor estratégia para implementação de modelos digitais que irão ajudar a ampliar e melhorar o acesso à saúde no Brasil”, justifica.

Entendo um pouco mais sobre a h.ai

A h.ai nasceu para se integrar ao ecossistema existente de saúde visando trazer mais acesso e, ao mesmo tempo, reduzir custos. Por meio de um sistema integrado e da conexão com devices de última geração, a h.ai possibilita a realização de exames clínicos de forma remota e a conexão com médicos via telemedicina, criando e sendo líder na categoria de telemedicina ampliada.

Seja em cabines, totens ou maletas para atendimento domiciliar, é possível coletar mais de 15 exames, entre eles aferição de pressão, bioimpedância, ausculta pulmonar, ausculta cardíaca, glicemia, ECG, e outros como audiometria e acuidade visual. Os resultados são enviados em tempo real ao médico, permitindo trazer mais resolutividade e melhores desfechos para consultas via telemedicina.

“O cruzamento de dados coletados e uso de inteligência artificial, geram informações e insights que permitem gestão mais eficiente e efetiva, ações preventivas e implementação de políticas de saúde e bem-estar, visando o cuidado longitudinal e melhor gestão populacional. Na área corporativa evita absenteísmo e diminui sinistralidade. No público, encontra o paciente antes que esse “entre” no sistema já em situação crítica”, explica Loraine.

Inserida dentro do ecossistema da saúde, a h.ai promove a aceleração de atendimento e transformação digital, ajudando a tornar o mercado de saúde mais acessível, sustentável e equitativo. Ou seja, uma inovação que vem suprir uma demanda urgente da saúde e que vem ao encontro de uma mudança geracional.

A Saúde Digital Brasil é uma associação, fundada em 2020, que visa principalmente representar os interesses dos seus associados e contribuir para o fortalecimento e expansão da saúde digital no país no setor público e privado. A entidade congrega os maiores players de saúde digital do país, entre eles prestadores de serviços de telessaúde e telemedicina ou provedores de tecnologias para soluções de saúde digital.

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