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Primeiro encontro da série – “Saúde Digital em Foco: Aplicações práticas de IA na saúde” debate aplicações práticas de IA na transcrição de consultas

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A Saúde Digital Brasil promoveu o primeiro encontro da série especial “Saúde Digital em Foco”, dedicada a discutir o uso de inteligência artificial (IA) na transcrição de consultas médicas. 

O evento, que integra a Jornada de IA, reuniu especialistas da área para compartilhar cases e debater desafios técnicos, regulatórios e de adoção da IA na transcrição de consultas médicas.

O presidente do Conselho de Administração da Saúde Digital Brasil e Gerente Médico do Centro de Telemedicina do Hospital Albert Einstein, Carlos Pedrotti, abriu a sessão ressaltando que, embora o debate sobre IA em saúde costume girar em torno do futuro da profissão, limites éticos e substituição de médicos, já existem soluções maduras rodando no Brasil. 

Ele destacou a transcrição automatizada de consultas como uma tecnologia capaz de transformar o dia a dia dos profissionais, reduzindo o tempo dedicado à documentação e melhorando a qualidade dos dados no prontuário.

Participaram também:

  • Gustavo Landsberg, CEO da Nuvie AI, que apresentou a evolução de MVPs para produtos comerciais, como a plataforma de transcrição da própria Nuvie, e ressaltou que os médicos brasileiros dedicam, em média, cerca de 50% de seu tempo  a tarefas burocráticas, gerando um custo anual estimado em R$ 100 bilhões.
  • Igor Couto, fundador da Sofia, explicou como otimizar modelos de fala para texto com vocabulário médico e GPUs, visando reduzir o custo de processamento por minuto de áudio a “sub-centavos”. Ele comparou a mudança ao pioneirismo dos escribas em radiologia e apontou o mercado americano como referência em adoção.
  • Gabriel Garcez, vice-presidente de Saúde Física da Conexa, compartilhou métricas internas: mais de 80% dos médicos ativos na plataforma Conexa utilizam IA para preencher prontuários, com ganhos de produtividade de até 50% nos atendimentos ambulatoriais e melhorias na consistência dos registros em pronto atendimento.

No debate regulatório, os palestrantes compararam legislações como a Health Insurance Portability and Accountability Act – HIPAA (EUA) e a Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD (Brasil), defendendo transparência no processamento de dados, auditoria de modelos e diligência com provedores. Para o futuro próximo, projetam integração nativa em sistemas de prontuário eletrônico, sumarização automática (SOAP) e “CoPilots” clínicos que auxiliem na tomada de decisões, com expectativa de consolidação em 3 a 5 anos.

O webinar reforçou que o sucesso da IA em saúde depende de valor claro para médico e paciente, interoperabilidade e parceria entre startups de tecnologia, operadoras e instituições de saúde. A próxima edição da Jornada de IA discutirá cases de  automação e atendimento ao cliente com IA.

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