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Saúde Digital Brasil participa de discussões sobre as mudanças que a saúde precisa no Conahp 2022

25 de novembro de 2022 13:13

Reafirmando o propósito da associação de ampliar o acesso à saúde de qualidade, representantes da SDB juntaram-se a grandes nomes da saúde nacional e mundial e compartilharam suas expertises em telessaúde durante o evento que reuniu profissionais atuantes nas mais diversas áreas do setor

Desde 2011, o Congresso Nacional de Hospitais Privados (Conahp) vem consolidando-se como referência no setor da saúde. Promovido pela Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), o evento, que se posiciona no mercado como o principal congresso do setor hospitalar e um dos mais importantes do setor de saúde, visa discutir temas atuais e importantes para a sustentabilidade do setor. Este ano, representantes da Saúde Digital Brasil (SDB) participaram do evento, juntamente com importantes nomes da saúde nacional e internacional, para tratar das mudanças necessárias no Brasil para a ampliação do acesso à saúde de qualidade a todos os cidadãos. O Conahp 2022 aconteceu de 7 a 9 de outubro on-line e, nos dias 10 e 11 de outubro, reuniu centenas de participantes no Transamérica Expo.

Caio Soares, presidente da SDB, mediou, no dia 7 de outubro, durante a edição on-line, a discussão sobre um dos temas mais desafiadores e relevantes da saúde atualmente: a interoperabilidade. Os participantes abordaram como a gestão eficiente de dados pode trazer ganhos de eficiência para o sistema de saúde e compartilharam não só as experiências exitosas, mas também as perspectivas para o Brasil, já que o país tem muito a ganhar com a criação de uma infraestrutura integrada.

Em sua fala, Janneke Timmerman, program manager na Health-RI, compartilhou a experiência dos Países Baixos com dados interoperáveis e as linhas de ações necessárias para a implementação de uma arquitetura one stop shop, trazendo benefícios para os pacientes e para as instituições de saúde. A executiva também abordou os obstáculos técnicos, legais e éticos que os neerlandeses estão enfrentando para tornar o intercâmbio de dados funcional. Já Ricardo Campos, diretor do Instituto LGPD – Think tank voltado à proteção de dados pessoais e privacidade na cultura do algoritmo – falou sobre como a Europa tem atuado na construção de um espaço comum de dados, contextualizando a diferença entre interoperabilidade e centralização de dados e exemplificando com o case  da Receita Eletrônica na Alemanha.

Para encerrar a discussão do tema “Interoperabilidade e gestão eficiente de dados para o ganho de eficiência no sistema de saúde: experiências exitosas e perspectivas para o Brasil”, Rodrigo Gaete, arquiteto de Negócios da Rede Nacional de Dados em Saúde no DATASUS, abordou de que modo o Brasil tem avançado com relação aos padrões de interoperabilidade, em âmbito tanto nacional quanto internacional, apesar dos desafios que envolvem a troca de informações entre instituições públicas e privadas. O especialista ainda apresentou as estratégias do plano de ação de saúde digital no Brasil de 2020 a 2028, explicando cada um dos pilares que estão sendo trabalhados e a necessidade de colocar o cidadão como protagonista, sempre visando conectá-lo aos cuidados de saúde. Para exemplificar, o aplicativo ConecteSUS foi um dos cases apresentados por Gaete.

Experiência da telemedicina em regiões remotas

Já na agenda presencial, Carlos Pedrotti, vice-presidente da SDB, participou do debate “Telemedicina: a nova medicina impulsionada pela pandemia”, mediado por Eduardo Cordioli, conselheiro da SDB. Pedrotti apresentou o case de assistência médica especializada na região Norte do Brasil por meio de telemedicina. O projeto é uma realização do Hospital Israelita Albert Einstein, instituição onde o especialista atua como gerente médico, em parceria com o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS).

O objetivo da iniciativa é levar assistência médica para locais com déficit de especialidades, entre elas endocrinologia, neurologia – adulta e pediátrica –, pneumologia, cardiologia, psiquiatria e reumatologia. São 190 pontos ativos na região Norte, com mais de 60 mil consultas realizadas desde setembro de 2021 e índices de resolutividade acima de 99%.

Por meio do projeto, o atendimento primário é feito na unidade de saúde do município, por um médico generalista, que solicita uma teleinterconsulta com um especialista e garante a realização dos exames clínicos que não podem ser feitos à distância. O atendimento por teleinterconsulta em áreas remotas gera um ciclo virtuoso que envolve a redução de custos de deslocamento, permite a contrarreferência imediata e interativa, proporciona um melhor perfil do encaminhamento e reduz as filas de espera, trazendo mais agilidade para os usuários do sistema de saúde público.

“Esse projeto está garantindo que toda a população tenha a mesma qualidade do cuidado, o mesmo protocolo de conduta, independentemente da localização ou da classe social. Isso traz uma dinâmica de sustentabilidade e equidade para o setor, além de ser um motivo imenso de orgulho”, enfatiza Pedrotti.

Ainda participaram do debate Donizetti Dimer Giamberardino Filho, conselheiro federal pelo estado do Paraná no Conselho Federal de Medicina (CFM), e René Santos, coordenador de Desenvolvimento Institucional do CONASS, que compartilharam suas experiências e colaborações tanto com o avanço da saúde digital no país quanto com o apoio a esses projetos de levar o cuidado especializado para regiões remotas.

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